sexta-feira, outubro 27, 2006

Mais um ovo


Desta vez uma experiência com linhas paralelas.

- Transferi com papel vegetal o contorno que tirei do desenho a grafite (Ovo seco e ovo molhado).
- Tentei assinalar algumas circuferências que definem a superfície do ovo, com um espaçamento regular (em perspectiva). Do ponto de vista geométrico o ovo tem uma superfície gerada por revolução; as linhas que eu procurei chamam-se directrizes e pertencem a planos perpendiculares ao eixo da revolução.
- Identifiquei 3 áreas de sombra de diferente intensidade e uma área de brilho. Cada área de sombra corresponde a uma espessura de marcador que eu pretendia utilizar mais tarde.
- Finalmente coloquei sobre este estudo uma nova folha de papel vegetal e fiz a versão a marcador, seguindo as referências prévias de direcção e de espessura de linha.

Conclusões:
- Na sombra projectada as linhas têm a direcção da luz; como são diagonais, parece que o ovo está apoiado sobre um plano inclinado. Acho que teria resultado melhor fazer linhas horizontais, para dar a entender que o plano de apoio é horizontal.
- As linhas da zona do ovo que estão mais distantes do observador, ficaram muito próximas entre si. Isto faz com que esta zona fique muito escura pela alta concentração de linhas. Esta zona escura não coincide exactamente com a zona de sombra mais escura que eu tinha previamente definido, por isso esta abordagem não é a ideal. O problema é que eu representei as circunferências como se estivessem espaçadas regurlarmente no espaço tridimensional... o que não resulta bem no espaço bidimensional do papel.

Penso que da próxima vez serei menos rígida em relação à geometria e mais convicente em relação à percepção.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Linóleo - impressões caseiras



Estas formam duas das minhas primeiras experiências de impressão caseira com linóleo. Nestas usei papel ingres (preto) e papel cavalinho (branco).

Até agora o que resultou melhor - e que fiz para estas duas provas - foi:
- submergir o papel em água durante uns minutos, escorrê-lo e absorver o excesso de humidade entre papéis absorventes ;
- usar tinta de óleo ligeiramente diluida com óleo de linho (inicialmente experimentei guache mas secava na matriz antes de chegar ao papel);
- imprimir fazendo pressão com uma colher de pau no verso do papel e contra a matriz.
Tenho algumas ideias e quero fazer umas tiragens caseiras. Suponho que antes de mais tenho de ir comprar uma tinta decente.
Alguém tem sugestões para eu melhorar a impressão? Todas as dicas são úteis.

Aqui tenho o desenho prévio e a matriz.

terça-feira, outubro 24, 2006

Ovos

Estou a fazer um novo curso de ilustração científica e este foi o primeiro exercício.
É o equivalente da laranja que fiz no ano passado, mas sem textura. Decidi complicar um bocadinho e tentei representar duas superfícies com reflectividades diferentes: uma baça (ovo seco) e uma brilhante (ovo molhado).

sexta-feira, outubro 13, 2006

Antirrhinum majus

Esta é uma plantinha pela qual tenho uma simpatia especial. Quando eu era pequena a minha mãe mostrou-me que agarrando a flor de uma certa maneira se fazia com que ela abrisse e fechasse a "boca" repetidamente. Como não sabiamos o nome das flores, sempre as designámos por "coelhinhos".


Agora que estou imersa na ilustração científica e fascinada pela botânica, fui reencontrar esta plantinha para a desenhar e para perceber a sua interessante geometria. Pareceu-me um aliciante desafio modelar a flor em 3D.



Até à data, a minha experiência em Ilustração Científica não vai muito para além das técnicas tradicionais: grafite, tinta da china e aguarela. A minha ideia é ver agora de que forma posso tirar partido do que sei sobre 3d para fazer um bom trabalho de ilustração botânica.




A título de curiosidade fica aqui o apontamento de que o trabalho de modelação que aqui mostro já levou 10h30. Comecei a apontar o tempo que levo a fazer cada tarefa para me organizar de futuro.




Estou a sonhar fazer algumas animações da planta mas não será para breve... É que a simpática plantinha (que consigo encontrar nalguns locais de Sintra) tem um ciclo anual e agora está prestes a morrer com a chegada do frio, para depois reaparecer na primavera. Isto quer dizer que farei mais alguns estudos e avançarei um pouco mais com a modelação, mas terei de farei uma pausa neste projecto, e daqui a alguns meses espero ter a disponibilidade para continuar o que comecei. Nessa altura espero trabalhar as cores e texturas, a iluminação e o render, o que em 3d tem muito que se lhe diga... e está na altura de eu aprender sobre o assunto.